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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

História mostra que o frevo veio da palavra ferver e contou com a influência da capoeira | Radioagência Nacional


Lucas Pordeus León
O frevo já faz as ruas de Pernambuco ferver há pelo menos 110 anos. O ritmo é o preferido dos gigantescos carnavais de Recife e Olinda, cidades irmãs siamesas onde não existe carnaval sem frevo.

O cantor, compositor e instrumentista pernambucano Antônio Carlos Nóbrega conta que o frevo, ao contrário do samba, no Rio de Janeiro e do axé, em Salvador, é a trilha sonora do carnaval em Recife.

Não se sabe a data certa que o ritmo surgiu, mas a palavra frevo apareceu na imprensa a primeira vez em 1907, mas sabe-se que ainda no final do século 19 o ritmo já estava nas ruas.

A palavra frevo veio do ferver, que se transformou em 'frever', até chegar no frevo. Música rápida e frenética, que não deixa ninguém parado.

O maestro Ademir Araújo, o famoso maestro Formiga, de 74 anos, é uma das lendas vivas do frevo de Pernambuco. O maestro conta que o frevo é uma mistura de ritmos, mas excluí qualquer influência do jazz.

Segundo o músico, o frevo começou com antigas bandas que tocavam os gêneros dobrado ou fanfarras, em Recife. O maestro disse que a influência dos capoeiristas que acompanhavam os desfiles foi fundamental para construção do frevo.

Inspirados nos movimentos da capoeira, os instrumentistas do frevo se tornaram inseparáveis da dança. Hoje, o passista de frevo faz uma dança extremamente dinâmica para acompanhar o ritmo, ou é o ritmo que acompanha o passista?

Elasticidade, força e liberdade marcam a dança do frevo com os saltos e agachamentos acrobáticos. Para se equilibrar, os passistas usam as famosas sombrinhas de frevo.

Na origem, eram usadas pelos capoeiristas como armas disfarçadas para se defenderem. Isso em uma época que a capoeira era proibida. Mas, hoje, se tornaram alegorias que acompanham o ritmo.

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