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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O que há de melhor pelas comunidades / Artistas do Terceiro Distrito de Duque de Caxias

PAULINHO SALVADOR / Cantor, músico e compositor, nasceu na cidade de Itapetinga na Bahia. Faleceu em 03/12/2014 em Duque de Caxias no Rio de Janeiro.
Filho de Raimunda Pereira da Silva viveu sua adolescência na cidade de Itabuna e logo em seguida mudou-se para o Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa estudou no Colégio Nilo Peçanha (São Cristóvão) – durante três anos Paulinho Salvador estudou violão e música; foi baterista em duas bandas e com 23 anos começou a cantar na noite com o seu violão. Gravou dois Cd’s independentes. Do 1º Cd conseguiu vender mais de 3.500 cópias nos seus shows. Paulinho Salvador já se apresentou em inúmeras casas de espetáculo. E as casas noturnas nas quais se apresentou são: Dom Chopp - Méier - RJ (3 anos) / Feira de Tradições Nordestinas – São Cristóvão - Rj (3 anos) / Asa Branca acompanhado da Banda Arte Show – Lapa – RJ (3 meses) / Círio libanês com a Banda Sonho de Mel – Botafogo – RJ ( 1 mês) / Chico’s Bar – Leblon – RJ (4 meses) / Zamack Pizzaria e Restaurante – Ilha do Governador – Rj (1 ano) / Restaurante Mix Delícia – Ilha do Governador – RJ (6 meses) / Churrascaria e Pizzaria La Bone - Ilha do Governador- RJ (1 ano) / Hiate Clube Jardim Guanabara – Ilha do Governador – RJ (1 mês) / Queen Ilha Bar e Restaurante - Ilha do Governador – RJ (2 anos) / Churrascaria e Restaurante Frango Assado – Sta. Cruz da Serra – D. Caxias – RJ (5 meses) / Miragem Clube - Sta. Cruz da Serra - D. Caxias –RJ (1 ano e meio) / Sabor e Design - Sta. Cruz da Serra - D. Caxias – RJ (4 meses).
 
ROBINHO / Robson Ximenes. o Robinho (24 anos) é de Santa Cruz da Serra (Duque de Caxias-RJ), e criou gosto pela música ainda bem pequeno quando seus pais o levavam para a igreja. Participou de corais, festivais evangélicos e graças a essas participações aqui e ali foi descobrindo aos poucos que o que ele queria mesmo era ser baterista e a partir daí passou a se dedicar com mais afinco, estudando, ouvindo grandes bateristas e seguindo a mesma trilha daqueles que ele tanto admira na música. Robinho tem como referências dois bateristas: Quico Freitas e Julinho Moreira. Mas, Robinho não poderia deixar de citar Robertinho Silva - Robinho estudou na Escola de Robertinho Silva (Escola Batucada centro do RJ) que hoje é dirigida por Ronaldo Silva (filho de Robertinho) e teve também uma passagem pela Escola de Música Villa Lobos. Para Robinho (como instrumentista), com certeza, a maior batalha a ser vencida será essa (quase) aversão do grande público pela música instrumental. O povão não tem o hábito de ouvir música instrumental, as emissoras de rádio também não dão destaque, a televisão idem, mas, Robinho é jovem e tem muito pela frente e saberá traçar o seu caminho pelo mundo da música porque talento é o que não lhe falta. Como todo mundo tem que se virar, com Robinho não poderia ser diferente. O nosso baterista constantemente é chamado para participar de gravações de diversas bandas de forró, gospel, pagode, etc., de onde tira o seu “cascalho” além da oportunidade de conhecer novos músicos, arranjadores, cantores e segundo o próprio Robinho apesar de ser estressante não deixa de ser (no final) gratificante.

JAIR GUEDES / A história de Jair começa aos 14 anos na Escola de Samba São Carlos, hoje Estácio de Sá. Jair (que já compunha) começou a freqüentar a quadra da São Carlos levado pelo seu padrinho - o Mago -, e o sonho daquele menino era fazer parte da Ala de Compositores. Naquela época quem quisesse entrar para a Ala de Compositores tinha que apresentar três sambas de quadra. E foi o que ele fez. E olha que naquele tempo só tinha fera: Darci do Nascimento, o próprio Mago, César Veneno, Oliviel, Jaime, Djalmão (uma relíquia), ele compôs os sambas, passou no teste e entrou para Ala de Compositores. A quadra nessa época ficava na Marquês de Sapucaí. O que chamava muito a atenção eram os sambas de terreiro e, claro, a bateria. Jair recorda nomes como Hélio Macadame, Nelson Galinha, Rato e outros. Jair se lembra que o samba só terminava lá pelas seis horas da manhã apesar do Bafo da Onça ficar bem ao lado. Uma coisa que eu não posso deixar de registrar é que a Estácio durante esses últimos anos tem ficado naquele sobe e desce e o Jair tem um samba de quadra que entrou para a história da Escola, virou slogan da Escola – A saudade apertou. Jair e Soneca vinham perdendo a anos e anos seguidos as disputas de samba-enredo até o Ti-ti-ti onde eles pararam por causa de um acidente sofrido pelo Jair que caiu de cima de um telhado, numa tentativa de homenagear a bateria da Estácio. Jair teve a idéia de fazer este samba que acabou marcando. Lá se vão aproximadamente vinte anos e o samba ainda é um grande sucesso.

CRISTIANO VIOLLA / Por / Carlito do Sal - Cristiano é carioca, nasceu no Campinho e começou na música tocando percussão e o seu primeiro instrumento foi um balde de lixo. É isso mesmo, ele e o seu irmão mais novo, o Joaquim, começaram tocando percussão num balde de lixo. Daí Cristiano partiu para os instrumentos de cordas. Para quem não conhece, Cristiano desenvolve um belo trabalho social através da música dentro de Nova Campinas. Eu acredito que a comunidade nem desconfia da importância desse trabalho. Quando ele ensina um jovem a tocar um instrumento, é menos um nas ruas pensando em fazer besteira. Eu posso garantir que são muitos jovens que passaram pelas mãos do Cristiano, inclusive o Geovani que é meu filho. O Cristiano não se limita a só ensinar o instrumento, também conversa troca idéias com os alunos orientando aqui e ali passando um pouco da sua experiência para os mais jovens e até para os não tão jovens assim. Cristiano já tocou por esse Brasil a fora e tocou também fora do Brasil com o Grupo Apoteose. Cristiano teve uma passagem pela Vila Lobos, estudou mais ou menos uns seis meses, teve que sair porque a grana andava curta e por volta do ano 2000 retoma os estudos e se forma em harmonia, improvisação e percepção pelo curso Sigam. Cristiano hoje é arranjador, produtor e tem trabalhado bastante, principalmente com os novos grupos como é o caso do Ki-presença, Nascente, Mais que Diferente, Sorriso Novo e muitos outros. Além disso, Cristiano também toca na noite e diz que tocar na noite é muito mais fácil que produzir. O trabalho de produção exige muito mais concentração e responsabilidade porque o público a cada dia vai ficando cada vez mais exigente.
Conversando com o Cristiano eu não poderia deixar de lembrar o Grupo Mistura Marrom, afinal de contas são 17 anos de estrada.
Cristiano fez questão de deixar uma mensagem para quem está pensando em entrar para o mundo da música: “Não desistir nunca e sempre acreditar no sonho. Hoje em dia eu vivo da música graça a Deus e eu espero que quem tenha essa pretensão de viver da música estude bastante. Tem que ouvir de tudo – música instrumental, chorinho, bossa-nova, etc., isso vai ajudar muito na formação do músico”.