Não
se trata de nenhuma novidade e sim de algo que há muito se fazia necessário
para deleite dos seguidores do blog Rádio Campinarte, aqueles que acompanham o
nosso trabalho.
Pra
falar a verdade, ainda faltam muitas lacunas que precisam ser preenchidas, mas
aos poucos, com certeza, chegaremos lá.
Essa
nova postagem apresenta uma seqüência que vai balançar literalmente o seu
coração, além do Tango, escolhemos também, o Bolero, o Chá, Chá, Chá e a Rumba.
Se não vejamos:
O Tango por que...
A
temática é freqüentemente ligada à vida boêmia, com menção ao vinho, aos amores
proibidos e às corridas de cavalos. As orquestras compunham-se inicialmente de
bandolim, bandurra e violões. Com a incorporação do acordeão, a que seguiram a
flauta e o bandoneom, o tango assumiu sua expressão definitiva. Dos subúrbios
chegou ao centro de Buenos Aires, por volta de 1900. As primeiras composições
assinadas surgiram na década de 1910, no período conhecido como da Guardia
Vieja (Velha Guarda)...
O Bolero por que... Como
em outros ritmos, sua origem não está muito clara. Mas a versão mais contada é
que nasceu na Espanha (e não na Inglaterra ou França), onde formou suas
características mais marcantes, passou pela França, até finalmente chegar à
Cuba. Popularmente diz-se que o Bolero é uma espécie de avô de outros ritmos como
o chá-chá-chá, salsa e mambo. Uma das danças mais românticas conhecidas, o
bolero inspira amor e paixões proibidas. O bailarino Sebastian Cerezo foi quem
popularizou o ritmo a partir das Sequildillas, bailados de cigana, cujos
vestidos eram ornados com pequenas bolas, as “boleras”, que deu origem ao nome.
No Brasil, o Bolero sofreu influência do Tango e agregou giros, caminhadas,
cruzadas e outras variações tornando a dança mais atraente, criando o Bolero
Carioca. A base da dança é o famoso “dois pra lá, dois pra cá”, mas sofre
algumas variações dependendo do local. Em São Paulo, por exemplo, há quem
ensine um pra lá, dois pra cá. Apesar de o Bolero ser um ritmo que influenciou
outros mais modernos, ele não perde seu público. Pelo contrário, os amantes do
Bolero são fiéis e muitos, românticos incorrigíveis.
(Na
seqüência - Solamente Una Vez, Bésame Mucho, La Barca,)
O Chá, Chá, Chá por que... É
um estilo de dança latino-americano derivado da rumba, do mambo e do danzon
cubano.
Na
dança de salão é popularmente chamado por cha-cha. Inspirado no som dos pés dos
dançarinos ao arrastá-los pelo chão, esse estilo acabou tornando-se
independente, com características próprias de música e dança. Popularizou-se no
mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de
instrumentos de sopro.
O
Cha cha existe hoje ainda no mundo de competição, da ballroom dance, e
praticamente só nesse ambiente ele resiste enquanto dança. É uma música muito
boa para se fazer coreografias para show.
E a Rumba por que... O
ritmo envolvente afro-cubano da rumba tem como característica marcante o canto
e a percussão, além (é claro), da dança fascinante. A música ainda é muito
forte em Havana, capital cubana, e também nas zonas rurais, sobretudo, entre os
afro-descendentes. Reza à lenda que no final do século XIX, com a abolição da
escravatura, os escravos libertos migraram para as periferias das cidades a
procura de trabalho. O que possibilitou uma mistura de seus costumes com os
costumes dos brancos locais de origem hispânica. A partir dessa mistura, teria
se originado uma festa profana, denominada rumba.
Apresentando
um caráter hibrido, por ter absorvido características de muitas culturas
distintas da identidade cubana, a rumba é um verdadeiro mosaico cultural de
diferentes gêneros de música e dança africana e caribenha. Suas primeiras
manifestações surgiram no Congo (África), mas foi em Cuba, trazida por
escravos, que o ritmo se consolidou, se tornando um dos mais importantes da
música latino-americana.
(Na
seqüência - No Se, No Se, La Rumbera, Rumbera de Seda)