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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

História Hoje: Relembre a trajetória de Carmen Miranda, considerada precursora do Tropicalismo | Radioagência Nacional


Apresentação Carmen Lúcia
Nos anos 40, as marchinhas de Carnaval ocupavam papel importante na música popular brasileira. Carmen Miranda, que já fazia uma carreira internacional tinha grande popularidade nos Estados Unidos e começou também a gravar músicas naquele país.
História Hoje: Programete sobre fatos históricos relacionados a cada dia do ano. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Criadora de padrão popular e de qualidade, Rádio Nacional completa 80 anos | Agência Brasil


Paulo Virgílio - Repórter da Rádio Nacional

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Em meados dos anos 30 do século passado, o rádio, que havia chegado ao Brasil na década anterior, pelas mãos do educador Edgard Roquette Pinto, passa a despertar o interesse dos grandes jornais , a mídia dominante e quase exclusiva da época. O país vivia a efervescência política da Era Vargas, que resultaria, pouco depois, na ditadura do Estado Novo, e nesse contexto, surgem em 1935, na então capital da República, as rádios Jornal do Brasil, do tradicional matutino pertencente ao conde Ernesto Pereira Carneiro, e a Rádio Tupi, emissora pioneira do magnata da imprensa Assis Chateaubriand. E, no ano seguinte, a Rádio Nacional, empreendimento do vespertino A Noite, o mais influente da época no Rio de Janeiro.
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Inaugurada em 12 de setembro de 1936, a Rádio Nacional surgiu como emissora privada, mas acabou estatizada em 1940, juntamente com o jornal que a fundou, em crise financeira desde a ousada construção de sua sede, o Edifício A Noite, primeiro arranha-céu da América do Sul. E foi a partir daí que criou o padrão brasileiro de um rádio popular com alta qualidade técnica e artística, conquistando ouvintes de todo o país e tornando-se, nos anos 40 e 50, a principal emissora latino-americana.
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A rádio, que comemora hoje (12) seus 80 anos de existência, foi inovadora em sua época áurea, ao apresentar uma variada grade de programação, capaz de atrair vários segmentos da audiência. Programas de auditório, de humor, radioteatro, de esporte e de radiojornalismo – no qual o Repórter Esso, lançado em 1941, foi o pioneiro dos informativos das rádios brasileiras – eram os destaques desse mix.
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Nenhuma outra emissora da era da música ao vivo no rádio chegou a contar, como a Nacional, com três orquestras, maestros e arranjadores de renome, como Radamés Gnattalli, e um elenco de músicos e cantores que incluía nomes como Emilinha Borba, Marlene e Cauby Peixoto, os mais populares do país nos anos 1940/50.
Matriz de um modelo de programação que nas décadas seguintes seria copiado pelas emissoras de televisão, a Nacional consagrou apresentadores como César de Alencar, Paulo Gracindo, Almirante e Paulo Roberto, humoristas como Brandão Filho e radioatores como Mario Lago e Daisy Lúcidi, ainda hoje integrante dos quadros da emissora.
>> Confira o especial dos 80 anos da Rádio Nacional
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Nos anos 1960, quando a comunicação brasileira vivia a transição entre a era do rádio e o domínio da TV, a Rádio Nacional sofreu um grande baque, de natureza política. Comprometida com a defesa da democracia, nos dias que antecederam o golpe de 1964, a emissora foi invadida  por militares e teve 36 artistas e jornalistas demitidos.
Foi uma ruptura que gerou um verdadeiro divisor de águas na história da Rádio Nacional. Com a anistia, em 1979, alguns sobreviventes do expurgo retornaram à emissora, como o radialista Gerdal dos Santos, ainda hoje apresentando programas na casa.
Com a criação da Radiobrás, em 1976, a emissora passou a integrar uma rede de comunicação pública capitaneada pela Rádio Nacional de Brasília. Essa rede se amplia, com a criação em 2005 da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que incorporou a TV Brasil e as rádios MEC(AM e FM).
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Um ano antes, a emissora teve seu famoso auditório restaurado e reinaugurado com a presença de estrelas de sua época de ouro, como os cantores Emilinha Borba, Marlene e Cauby Peixoto, e de autoridades, entre elas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A partir daí, voltou a apresentar programas ao vivo, direto do auditório.  
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Em 2012, a Rádio Nacional deixou o Edifício A Noite, seu endereço durante 76 anos, transferindo-se para as instalações da TV Brasil, na Avenida Gomes Freire, na Lapa, onde funcionou a antiga TV Educativa, também na região central do Rio.
O motivo da mudança foi a necessidade de reformas no prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas as obras até hoje não aconteceram, e o edifício, projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire em estilo Art-déco e localizado na agora revitalizada Praça Mauá, será colocado à venda pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lurdinha – Duque de Caxias para Estômagos Fortes » O samba caxiense perde o genial compositor Ica

Semana passada, dia 15/03,  a cultura na Baixada Fluminense, em especial Duque de Caxias, viveu momento de grande tristeza com a morte do querido compositor Danuil Miguel, conhecido popularmente como Ica.
Além de um ser humano incrível, o cara era dono de um talento desses grandes. Na seara do samba, possuía aquele dom pra uma linha melódica que só tem mesmo quem é mestre no assunto.
Nascido em  11 de maio de 1944, Ica desde cedo teve ligação com o samba, mas foi o futebol sua primeira paixão, quase chegando a se dedicar profissionalmente ao esporte. Figura queridíssima no Centenário, principalmente na Mangueirinha, onde sua fama é grande como sambista e como uma dessas pessoas que carregam a sabedoria espiritual dos malandros . Respeitado compositor, conceituado em várias escolas de samba e blocos, Ica vem da linhagem da União do Centenário, uma das quatro lendárias agremiações do Carnaval caxiense. É autor do hino da Velha Guarda Musical da Grande Rio. 
Comigo levarei suas músicas na mente e a lembrança do carinho que ele sempre teve por mim.

Durante a semana, vamos publicando lá pela Lurdinha, alguns de seus geniais sambas, como uma forma de homenagem a esse baluarte da música e da cultura popular do Rio de Janeiro.
ARTE DE COMPOR
“Faço samba pra alegrar a minha mente
me sinto todo contente quando começo a compor
O samba nasce de uma forma tão bonita
é uma mensagem quea gita todo o meu interior
Pra quem não sabe
é uma dádiva divina
é uma Luz que ilumina, que funde a cabeça com o coração
A boca liberta o sorriso na alegria de compor
Meu Deus, como te agradeço fizeste de mim mais um compositor
Romântico e poeta, um eterno orador
falando da coisa mais linda que é o Amor…”
ica - compositor sambista caxiense
Ica em show no Sesi Caxias. Foto: Raffael Barretto

Lurdinha – Duque de Caxias para Estômagos Fortes » Homenagem à Mangueira: Clementina de Jesus cantando Semente do Samba, de Hélio Cabral

Seu Hélio Cabral, baluarte da Escola de Samba Cartolinhas de Caxias, também era da ala dos compositores daMangueira.
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SEMENTE DO SAMBA
(Hélio Cabral)
Mangueira tem um grande plantio de bamba
Que dá o fruto que chamamos samba
Saboroso e faz um bem
Eis a razão porque de ano para ano
A sua estação primeira evolui
O samba nasce da semente
E a semente do samba só a mangueira possui
Sirva-se à vontade a mangueira é anfritiã
Quem lhe convida é a grande campeã
Mangueira não pode parar
Mangueira não pode falhar
Mangueira faz hoje o sambista de amanhã
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Hélio Cabral, baluarte da Escola de Samba Cartolinhas de Caxias
Lurdinha – Duque de Caxias para Estômagos Fortes » Homenagem à Mangueira: Clementina de Jesus cantando Semente do Samba, de Hélio Cabral