Arquivo do blog

Campinarte Notícias e Músicas

Translate

MPB - Google Notícias

Pesquisar este blog

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

G. R. E. S. Império Serrano


Fundada a 23 de março de 1947, a Império Serrano surgiu a partir de um grupo de dissidentes da Escola de Samba Prazer da Serrinha, em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. A escola Prazer da Serrinha era dirigida por Alfredo Costa, cujo estilo ditatorial acabou gerando desentendimentos com várias pessoas, como Mano Décio da Viola, integrante da Ala dos Compositores. Este, ao lado de Silas de Oliveira, havia composto o samba "Conferência de São Francisco" para o carnaval de 1946 mas, em cima da hora, Seu Alfredo resolveu que a escola desfilaria com outro samba. A escola acabou desclassificada e os descontentes Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, Sebastião de Oliveira (Molequinho), Oscarino Luiz dos Santos, entre outros, em reunião na casa de Dona Eulália do Nascimento, fundaram a Império Serrano. Foi Antenor quem sugeriu o verde e o branco para as cores da bandeira. A escola veio a ser campeã em 1948 (do então Grupo Único), com o enredo "Homenagem a Castro Alves" ou ainda como ficou conhecido o enredo "Antônio Castro Alves". Neste desfile, apresentou-se com todos os integrantes fantasiados, coisa inédita até então. Calixto introduziu o prato metálico e a frigideira de cozinha como instrumento de percussão. Sua mulher, Olegária dos Anjos, foi quem introduziu as fantasias de luxo(destaques) nas escolas de samba. A Império Serrano também ganhou o campeonato do ano seguinte, com "Tiradentes", de Mano Décio da Viola, Penteado e Estanislau Silva. Em 1949 desfilou com o enredo "Exaltação a Tiradentes" pelo grupo das escolas de samba integrantes da FBES. Em 1950, conquistou o tricampeonato com "Sessenta e um anos de República", samba-enredo de autoria de Silas de Oliveira. Chegou ao tetra-campeonato em 1951, com "Batalha naval do Riachuelo", de Mano Décio da Viola, Penteado e Molequinho. Ambos os desfiles organizados pela FBES. No ano de 1952 não houve julgamento, mas o enredo da ecola foi "Homenagem à Medicina", desfilando no Ggrupo 1. Em 1953 sagrou-se a vice-campeã do Grupo 1 com o enredo "O ùltimo Baile da Corte Imperial". No ano de 1954 desfilou no Grupo 1 (então Grupo Especial) com o enredo "O Guarani", sagrando-se vice-campeã. No ano de 1955, com "Exaltação a Duque de Caxias", de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, a escola foi campeã novamente. No ano seguinte, repetiu o feito com "O caçador de esmeraldas", de Silas de Oliveira. Foi vice-campeã em 1957 com o enredo "Exaltação a Dom Joãqo VI". No ano seguinte, em 1958 foi outra vez vice com o enredo "Exaltação à Bárbara Heliodora". Em 1959 classificou-se em terceiro lugar no Grupo 1 com o enredo "Brasil Holandês". No ano de 1960, o samba-enredo "Medalhas e brasões", de Mano Décio e Silas de Oliveira, teve de ser alterado, porque a embaixada do Paraguai não gostou das referências a seu herói Solano Lopez, tratado como ditador. Nesse ano, depois de muita confusão, a Império Serrano foi considerada campeã junto com outras quatro escolas. Em 1961 desfilou com o enredo "Movimentos Revolucionários do Brasil" classificando-se em quarto lugar no Grupo 1. No ano de 1962 sagrou-se vice-campeã do carnaval carioca do Grupo 1 com o enredo "Rio dos Vice-Reis". No ano seguinte, em 1963 desfilou com o enredo "Rio Ontem e Hoje", classificando-se em terceiro lugar no Grupo 1 (grupo da primeira divisão do carnaval carioca). No ano de 1964 a escola classificou-se em 4º lugar com o samba-enredo "Aquarela brasileira", de Silas de Oliveira. Este samba-enredo é considerado, por muitos, como um dos mais bonitos de todos os tempos, sendo, até hoje, um dos mais executados. No ano seguinte, em 1965, outro samba-enredo da escola também foi apresentado ao público, obtendo grande sucesso: "Os cinco bailes da história do Rio", de Dona Ivone Lara, Silas de Oliveira e Bacalhau, que deu a escola o vice-campeonato naquele ano. Em 1966 a escola desfilou com o enredo "Glória e Graça da Bahia", classificando-se em terceiro lugar do Grupo 1. No ano de 1967 sagrou-se vice-campã do carnaval carioca com o enredo "São Paulo, Chapadão de Glórias". No ano seguinte, em 1968, desfilou com o enredo "Pernambuco, Leão do Norte", do carnavalesco João Bittencourt Castelo Branco, galgando o vice-campeonato naquele ano. Em 1969, desfilou com o samba-enredo "Heróis da liberdade", de Silas de Oliveira, Mano Décio e Manuel Ferreira, que teve a palavra "revolução" censurada e trocada por "evolução". A escola clasificou-se em quarto lugar com o enredo criado por Acir Pimentel e Swayne Moreira. Em 1970 desfilou com o enredo "Arte em Tom Maior: Debret", dos caranvalescos Acir Pimentel e Swayne Moreira, que deu a escola o oitavo lugar. No ano de 1971 a escola desfilou com o enredo "Nordeste: Seu Povo, Seu Canto, Sua Glória", criado por Fernando Pinto, classificando-se em terceiro lugar no Grupo 1 (Grupo Especial da época). A escola tornou a vencer o desfile em 1972, com o enredo "Alô, alô, taí Carmen Miranda", enredo do carnavaleco Fernando Pinto. Em 1973: segundo lugar no Grupo 1 com o enredo "Viagem encantada Pindorama adentro"; 1974: terceiro lugar no Grupo 1 com o enredo "Dona Santa Rainha do Maracatu"; 1975: terceiro lugar no Grupo 1 com o enredo "Zaquias Jorge, do subúrbio, estrela de Madureira"; 1976: sétimo lugar no Grupo 1 com o enredo "A lenda das sereias rainha do mar"; 1977: sexto lugar no Grupo 1 com o enredo "Brasil, berço dos imigrantes"; 1978: sétimo lugar no Grupo 1-A com o enredo "Oscarito, carnaval e samba, uma chanchada no asfalto"; 1979: segundo lugar no Grupo 1-B com o enredo "Municipal maravilhoso, 70 anos de glória"; 1980: quinto lugar no Grupo 1-A com o enredo "Império das ilusões - Atlântida, Eldorado, sonho e aventura"; 1981: décimo lugar no Grupo 1-A com o enredo "Na terra do pau-brasil, nem tudo Caminha viu". Em 1982, tendo como carnavalescas Rosa Magalhães e Lícia Lacerda, ganhou o título do carnaval com o enredo "Bumbum Paticumbum Prugurundum", de Aluízio Machado e Beto Sem Braço, que, literalmente, caiu na boca do povo. No ano de 1983 ganhou em terceiro lugar no Grupo 1-A com o enredo "Mãe baiana mãe"; 1984: segundo lugar no Grupo 1-A com o enredo "Foi malandro é"; 1985: quinto lugar no Grupo 1-A com o enredo "Samba, suor e cerveja, o combustível da ilusão"; 1986: terceiro lugar no Grupo 1-A com o enredo "Eu quero"; 1987: terceiro lugar no Grupo 1-A com o enredo "Com a boca no mundo, quem não se comunica se trumbica"; 1988: sétimo lugar no Grupo 1 com o enredo "Pára com isso, dá cá o que é meu"; 1989: décimo lugar no Grupo 1 com o enredo "Jorge Amado - Axé Brasil"; 1990: décimo primeiro lugar no Grupo Especial com o enredo "História da nossa história"; 1991: décimo quinto lugar no Grupo Especial com o enredo "É por aí que eu vou"; 1992: terceiro lugar no Grupo 1 com o enredo "Fala Serrinha sou eu mesmo sim senhor"; 1993: segundo lugar no Grupo 1 com o enredo "Império Serrano, um ato de amor"; 1994: décimo sexto lugar no Grupo Especial com o enredo "Uma festa brasileira"; 1995: décimo quinto lugar no Grupo Especial com o enredo "O tempo não pára"; 1996: sexto lugar no Grupo Especial com o enredo "E verás que um filho teu não foge à luta"; 1997: décimo quinto lugar no Grupo Especial com o enredo "O mundo dos sonhos de Beto Carreiro"; 1998: primeiro lugar no Grupo 1-A "Sou ouro negro da Mãe África"; 1999: décimo terceiro lugar no Grupo Especial com o enredo "Uma rua chamada Brasil"; 2000: desfilou com o enredo "Os canhões de Guararapes"; 2001: desfilou com o enredo "O Rio corre pro mar". Em 2002, desfilou no Sambódromo com o samba-enredo "Aclamação e coroação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna" de autoria de Aluízio Machado, Maurição, Lula, Carlos Senna e Elmo Caetano, tendo como puxador oficial da escola Carlinhos da Paz, classificando-se em 9º lugar do grupo especial. Neste mesmo ano, em julho, foi assassinado o Diretor de Bateria, Mestre Macarrão (Antônio Carlos Soares de Araújo, 47 anos), em emboscada no Morro da Serrinha, sendo o corpo velada na quadra da escola, em Madureira. No ano de 2003 desfilou com o samba-enredo "E onde houver trevas... Que se faça a luz" de autoria de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena, Aluizio Machado e Elmo Caetano. Em 2004, ao lado da Tradição, Portela e Viradouro, foi uma das Escolas de Samba que optou em comemorar o 20º aniversário do Sambódromo, quando foi construída a "Passarela do Samba", levando para a avenida sambas-enredo anteriores a 1984. O Império Serrano escolheu o samba-enredo "Aquarela brasileira", de Silas de Oliveira, puxado pelo intérprete Nego, classificando-se em 9º lugar no Grupo Especial. Em 2005 desfilou com o samba-enredo "Um grito que ecoa no ar - homem - natureza, o perfeito equilíbrio", de Marcão, Marcelo Ramos e João Bosco, tendo como intérprete Nego, classificando-se em 12º lugar no Grupo Especial. Ainda em 2005, Tia Eulália (Eulália de Oliveira, irmã de Gradim e Sebastião Molequinho), uma das personalidades da escola, faleceu aos 96 anos, sendo velada na quadra da escola. No ano de 2006 a escola desfilou com o samba-enredo "O Império do Divino", de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena, Aluízio Machado e Elmo Caetano, puxado por Nego, classificando-se em 8º lugar. Em 2007 a escola ficou em 12º lugar, sendo rebaixada para o Grupo de Acesso, mesmo com o samba-enredo "Ser diferente é normal - o Império Serrano faz a diferença no Carnaval", assinado por importantes nomes do samba, tais como Arlindo Cruz, Maurição, Aluísio Machado, Carlos Senna e João Bosco. No ano de 2008, com releitura de um enredo do ano de 1972, "Alô, alô, taí Carmen Miranda", de Fernando Pinto, a escola sagrou-se campeã do Grupo de Acesso com o samba-enredo "Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim", de Marcão, Marcelo Ramos, Vando Diniz, Chupeta, Henrique Hoffmann, William Black, Celso Ribeiro e Zé Paulo, sendo promovida para desfilar no Grupo Especial no ano de 2009. Os carnavalescos Márcia Lavia e Renato Lage, que também atuaram no Salgueiro, foram os autores do enredo. Entre os nomes que se destacam na história da escola estão Dona Ivone Lara, Aniceto do Império, Antônio dos Santos (Mestre Fuleiro), Elói Antero Dias, João de Oliveira (João Gradim), Zacarias da Silva, Dona Eulália do Nascimento, Aluízio Machado, Beto Sem Braço, Arlindo Cruz e a dupla de compositores Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira. A escola tem como presidente de honra um dos baluarte da escola: Sebastião de Oliveira (Mulequinho). Em 2009 a escola classificou-se em 12º lugar do Grupo Especial desfilando com a seguinte formação: presidente Humberto Soares Carneiro; diretor de carnaval Waltinho Honorato; carnavalesca Márcia Lávia; mestre de bateria Átila; rainha de bateria Quitéria Chagas; mestre sala Diego Machado; porta bandeira Jacqueline Gomes; comissão de frente João Wlamir; enredo "Lenda das sereias e os mistério do mar"; autores do samba enredo Vicente Matos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso; intérpretes Nego e Gonzaguinha. A escola reeditou os amba enredo do carnaval de 1976, ainda assim, como a última colocada do Grupo Especial, foi rebaixada para o Grupo de Acesso A. Em 2010 desfilou com o enredo "João das ruas do Rio", de Rosa Magalhães, classificando em sexto lugar no Grupo de Aceso A. No ano de 2011 desfilou com o samba-enredo "A Benção, Vinicius", de autoria de Aluízio Machado, classificando-se em sexto lugar com o enredo criado pelo carnavalesco Alexandre Colla. No ano de 2015 a escola classificou-se em terceiro lugar no Grupo de Acesso Série A. BIBLIOGRAFIA CRÍTICA: ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006. AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
dicionariompb.com.br/g-r-e-s-imperio-serrano

Nenhum comentário:

Postar um comentário